O ministro Tarso Genro das Relações Institucionais afirmou ontem que o governo federal fará todo o empenho pela votação da reforma política no primeiro semestre de 2007, sob pena de não conseguir aprovar a matéria no segundo mandato do presidente Lula.
Segundo Tarso em declaração à Folha, “Se [a reforma] não for feita no primeiro semestre na próxima legislatura, não sai antes das eleições [de 2008] quando as forças políticas começam a se preparar para as urnas. Temos que criar um consenso para fazê-la”, disse Tarso.
Ora, no meio da crise das sanguessugas, a intenção era a de votar a reforma ainda este ano. Como resposta do mundo político ao anseio da sociedade por uma política mais limpa e ética.
Como o tema não interessa, vai ficando para depois. Agora o que interessa é a base política do governo e, na seqüência desses entendimentos, as negociações com o PMDB e o PT.
Mesmo tendo a cooperação das oposições, será uma votação difícil pois vai contra o pior tipo de político que é, infelizmente, a maioria no Congresso.