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Comunidade Européia e América Latina voltam a negociar

A Comissão Européia propôs que em 2007 se abrissem negociações de um Acordo de Associação, no qual estará um Tratado de Livre Comércio entre a União Européia, América Central e a CAN (Comunidade Andina).


Da América Central estão incluídos Costa Rica, Honduras, Nicarágua, El Salvador e Guatemala. A União Européia quer incluir também o Panamá. Da comunidade Andina Estarão Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. A Venezuela não faz parte porque abandonou a CAN para entrar no Mercosul. Além das razões comerciais, a proposta européia tem como fim reforçar a cooperação biregional para consolidar a estabilidade política, social e econômica e ajudar a criar condições econômicas para lutar contra a pobreza.


Até o momento a principal dificuldade vem do Equador que denunciou à UE na OMC em relação ao novo regime de importação introduzida no ano passado, graças ao qual prejudicou os produtores latinoamericanos e suas exportações de banana para a Europa. Por isso, os europeus estão pressionando para que se encerre o litígio, pois não é possível ser negociador e litigante ao mesmo tempo.


A questão da Venezuela e dos novos governos na região também é um complicador no caso da Comunidade Andina. Já para a América Central, o problema está no fato de a UE desejar apenas um negociador, algo recusado Costa Rica, principal sócio comercial da região.


Essa aproximação não tem garantia de se concretizar, contudo, ela pode significar uma alteração na política internacional da América Latina, pois obrigará os EUA a acelerar a tomada de decisão sobre os TLCs para não perder espaço para os europeus. A UE, por sua vez, irá expandir sua ação no continente,


Chavez, caso a negociação se concretize, terá de rever suas ações na CAN, ainda mais com os dois aliados que agora tem, pois está numa posição confortável no bloco.


Não sendo possível, diante da saída da Comunidade, teria de pensar uma outra forma de negociação entre o Mercosul e a EU, depois do fracasso dos acordos entre ambos os Blocos.


A realização desse acordo entre América Latina e Europa seria um componente fundamental para o equilíbrio na região. Um outro gigante entraria no processo, dificultando quaisquer ações radicais por parte dos EUA e obrigando a maior negociação entre todos os atores.