Para Marco Aurélio Garcia, autoritário é Pinochet. Hugo Chávez, não.
O assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, garantiu que não há temor no Palácio do Planalto em relação às medidas econômicas e políticas anunciadas nesta semana pelo presidente da Venezuela.
Parece que Lula não pensa assim. Ainda bem. Lula sabe quanto custa obter credibilidade política e econômica. Enquanto trabalha nessa direção, Chávez e Moralez arruinam ainda mais o já arruinado continente.
Voltando ao ponto. Garcia, foi além: defendeu os atos de Chávez de revanche contra a CANTV e a estatização do setor elétrico. E, implicitamente, a possibilidade de Chávez se reeleger sucessivamente.
Como se sabe, Chávez trabalha para aprovar tal possibilidade. Vai se transformar em um Fidel Castro, o ditador eterno de Cuba, com os bolsos cheios de petrodólares.
Acho que Chávez é mais “viajante” do que Castro: quer se transformar em uma espécie de Kim Il Sung que, mesmo morto, continua presidente eterno da Coréia do Norte.
Garcia, que é o grande aliado de Chávez no governo e ideólogo do fracasso brasileiro na região andina, não vê risco à democracia na Venezuela.
É verdade. Não existe risco já que a democracia por lá já morreu. É o típico caso onde as franquias democráticas são utilizadas para matar o regime.
Tudo de baixo do olhar generoso e cúmplice de setores do nosso governo.