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Planalto desiste de conciliar Aldo e Arlindo

De acordo com O Globo de sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, e das Relações Institucionais, Tarso Genro, consideram que perderam o controle da disputa pela presidência da Câmara, que nada mais há a fazer e, por isso, o recuo tático do Palácio do Planalto foi anunciado. Lula desautorizou petistas a negociar espaços ou liberação de verbas em seu governo em troca de apoio à candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP).


E adiante, o governo tenta demonstrar que não está preocupado com o desenrolar da disputa no Legislativo, apostando que um de seus aliados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ou Chinaglia, vencerá a disputa. No entanto, internamente a aparente calmaria está se transformando em tormenta. Todos estão preocupados com a possibilidade de a competição entre Aldo e Chinaglia produzir, sim, um resultado desastroso, como no episódio da eleição de Severino Cavalcanti, com a vitória da oposição.


É um vexame. Lula está consumido desnecessariamente o capital político acumulado com a sua reeleição. Aliás, nem parece que ele foi reeleito. O início do seu segundo mandato é uma continuação do mesmo paradeiro administrativo com intenso “fogo-amigo” e uma sucessão de confusões e trapalhadas políticas típicas do  primeiro mandato.


Desistindo de conciliar Aldo e Arlindo, a chance de retormar o controle das iniciativas é com o anúncio do PAC. Vamos aguardar.