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Crise aérea não atinge Lula e, tampouco, seu governo

Veja matéria da colunista Sonia Racy (coluna Direto da Fonte do jornal O Estado de São Paulo de hoje) com base em nossas análises:

Surpresa. A crise aérea não atingiu o presidente Lula, segundo revelou ontem a pesquisa CNT/Sensus. Conhecida por quase 55% dos entrevistados, 21,2% consideram que a responsabilidade do Apagão Aéreo é sim do governo federal, mas não responsabilizaram o presidente Lula diretamente, destaca a Arko Advice, de Murillo Aragão. Aliás, o desempenho pessoal do presidente Lula foi aprovado por 63,7% dos entrevistados, ante 28,2% que o desaprovam. Pela pesquisa, 12,4% acreditam que a culpa da crise aérea é dos controladores de vôo, e somente 9% culpam diretamente as empresas aéreas, configurando mais uma surpresa, já que as empresas de aviação civil têm manifestado sua enorme preocupação com a imagem do setor impactado pela crise.

Mas o que motivou a alta do prestígio de Lula e também de seu governo, que registrou o maior porcentual de aprovação obtido desde maio de 2003? Segundo Aragão, é interessante notar que o prestígio do presidente continua em alta mesmo com a constatação de que o PAC é ignorado pela população: quase 60% dos entrevistados disseram que nunca ouviram falar do programa lançado com estardalhaço pelo governo. Com isso, fica evidente para a consultoria que são o ambiente econômico e os programas sociais os pilares do prestígio de Lula na sociedade, reforçando seu poder junto ao Congresso. E mais: acreditam que a oposição está se mostrando incapaz de colar os problemas da conjuntura – como segurança pública e a crise dos controladores de vôo – no governo Lula.

A pesquisa veio em boa hora. ‘Não há dúvida de que, para enfrentar o desafio de aprovar a renovação da CPMF e da DRU, o presidente Lula terá que ter apoio popular suficiente para obter a cooperação da base política com a agenda do governo no Congresso.’ A lém disto, destaca Aragão, a pesquisa indica que Lula ainda tem espaço para ampliar seu apoio popular. ‘Basta que não perca o controle da economia – fato improvável – e que melhore a comunicação do governo em relação a seus projetos. Em especial, o PAC e seus desdobramentos.’