Além de chamar o Congresso Nacional de papagaio do parlamento norte-americano, o presidente Hugo Chávez dá o calote em empresas brasileiras que exportam para o mercado venezuelano, segundo um levantamento da Fiesp. Importadores na Venezuela alegam que o presidente retarda autorização para que os importadores comprem dólares para saldar a dívida das compras.
Os setores mais afetados no Brasil são alumínio (36%), materiais elétricos (26%), veículos e tratores (11%), máquinas e instrumentos mecânicos (5,5%), conforme aponta o estudo. O setor de alumínio acumula uma espera para o pagamento de suas exportações de três a seis meses, com uma soma de US$ 8,4 milhões. Em materiais elétricos, os valores somam US$ 5,9 milhões, 56% oscilam de seis meses a um ano de atraso.
Diante da crise, o diretor-adjunto do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Carlos Cavalcanti, lança um desafio: Alguém tem de bater na porta do presidente Hugo Chávez e dizer para ele pagar, porque não dá para agüentar ditador caloteiro. Só resta saber quem vai fazer isso.