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Principais notícias desta segunda-feira (19/01/2009)

José Maurício Jr.


 


Mercado prevê corte de 0,5 ponto nos juros nesta semana


O mercado financeiro aumentou suas expectativas com a diminuição da taxa básica de juros (Selic) para o ano de 2009 e previu que, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) que se reunirá, nesta terça e quarta-feiras (20 e 21), deve promover um corte de 0,50 ponto percentual na Selic, fixando-a em 13,25% ao ano, segundo informava o relatório Focus, do Banco Central. Hoje, os juros estão em 13,75% ao ano e se confirmado o corte, será a primeira redução nos juros desde setembro de 2007. O mercado estima que a taxa Selic feche este ano em 11,25% ao ano, menos 0,50 ponto percentual previsto na última pesquisa.


 


Bancos e comércio aumentam exigências a consumidor


Com a crise financeira global, o comércio e o setor financeiro vêm aumentando as restrições na hora de vender a prazo e de conceder novos empréstimos. Não basta ter o nome limpo para obter crédito. Nem apenas comprovação de renda. O principal critério é quanto a compra que vai comprometer da renda. Antes, o índice era de 30% e agora é de 20%, em média. Além disso, profissão, tempo de emprego e local de residência passaram a ser variáveis obrigatórias na análise das empresas devido à inadimplência, que neste início de ano são mais freqüentes por causa da volta às aulas e de pagamentos de impostos anuais. A estimativa de analistas é que aumente cerca de 10 milhões o número de pessoas endividadas. Hoje esse número chega a 35 milhões.


 


Onu diz que investimento estrangeiro no Brasil cresceu 20,6% em 2008


O fluxo de investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil aumentou 20,6% no ano passado, alcançando US$ 41,7 bilhões em comparação a US$ 34,6 bilhões de 2007, de acordo com o relatório preliminar divulgado hoje (19) pela Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Resultado do Brasil animador que vai na contramão à tendência mundial, pois o fluxo global de IED declinou 21%, ficando em US$ 1,4 trilhão comparado a US$ 1,83 trilhão em 2007. Apesar da superação brasileira em relação ao mundo, com a recessão global, o aperto do crédito, e a queda nos lucros, a Unctad prevê queda do fluxo de investimentos estrangeiros este ano.


 


Governo quer ampliar programa de apoio às cooperativas


Para tentar amenizar os efeitos da crise financeira global sobre as cooperativas agropecuárias, o governo pode ampliar em R$ 1 bilhão o orçamento do programa destinado a financiar investimentos dessas sociedades (Prodecoop). Esses recursos do programa, provindos do BNDES, serão usados como capital de giro para refinanciar as dívidas das cooperativas em situação difícil desde o início da crise de crédito. Com prazo de dois anos, o reforço nessas linhas terá juros de 6,75% para empréstimos até R$ 10 milhões por sociedade. O limite de crédito do Prodecoop já havia passado de R$ 35 milhões para até R$ 50 milhões por cooperativa, hoje, as centrais podem contratar o dobro disso. Com dificuldades para obter recursos, o governo pode transferir parte do orçamento de outros programas para o Prodecoop. Só em novembro de 2008, o governo autorizou os bancos emprestarem até R$ 300 milhões para capital de giro dentro do Prodecoop.


 


Presidente do Santander se reúne com Lula e confirma investimentos


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta segunda-feira (19) com o presidente mundial do Grupo Santander, Emilio Botín. Os dois trataram da manutenção dos investimentos do Banco no Brasil. O Santander pretende abrir 400 novas agências no Brasil até 2010, segundo a assessoria da empresa. Ainda haverá investimentos de aproximadamente R$ 2,5 bilhões no país até 2010, sem contar o dinheiro gasto para comprar a nova sede da instituição no Brasil, que custou cerca de R$ 1 bilhão.



Meirelles: momento é grave, mas governo está preparado


Preocupado com o aumento do desemprego no país, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira, na celebração de 10 anos da adoção do câmbio flutuante para economia brasileira, que o momento pelo qual passa a economia mundial é “sério”, “grave” e “desafiante”, mas que o governo está preparado para tomar as medidas necessárias para diminuir os impactos da crise financeira na economia. “Não há dúvida de que o mundo vive um momento extremamente desafiante, uma crise no sistema financeiro, e em alguns países centrais, mas é importante mencionar que várias organizações independentes, entre as quais OECD, têm considerado o Brasil um dos países melhores posicionados. Isso não quer dizer que não estamos sentindo ou não sofreremos os efeitos da crise. Sim [sentiremos], mas o importante é que os fundamentos da economia brasileira dão condições de enfrentar em melhores condições do que muitos e, certamente, em melhores condições do que no passado”, avaliou Meirelles, defendendo a solidez da economia brasileira.


 


Pré-sal e as reformas tributária e política são prioridade em 2009


As reformas tributária e política e a criação de um novo marco regulatório para a exploração do petróleo na camada pré-sal serão as prioridades da agenda legislativa do governo Lula em 2009, segundo disse um ministro. As propostas serão encaminhadas ao Congresso em fevereiro. Apesar de achar pouco provável as aprovações das reformas política e tributária, no caso da reforma política, o governo enviará os projetos de lei no início do mês, logo depois da eleição das Mesas. “Lula não quer terminar o mandato sem propor a reforma política”, informou o ministro.