Preocupado com os efeitos da crise, o governo prepara novas medidas para estimular a economia e evitar o aumento do desemprego.
No inicio do ano, 600 mil trabalhadores perderam seus empregos e o IBGE revelou queda de 0,6% na ocupação na indústria em novembro o pior desempenho em 5 anos.
O objetivo de Lula é fazer com que o primeiro trimestre não seja tão ruim quanto indicam as previsões. Para ele, esses três meses iniciais serão o norte do ano de 2009. Entre as medidas cogitadas estão:
Agronegócio
Regulamentação do regime de drawback para o agronegócio, permitindo suspensão da cobrança de impostos sobre milho e soja, utilizados na ração animal, se os frigoríficos se comprometerem a exportar
Construção Civil (Plano Nacional de Habitação)
Corte de juros (para 4%) nos financiamentos da casa própria para famílias com renda de até R$ 2 mil mensais.
Lançamento do Fundo Garantidor dos Financiamentos Habitacionais (Tesouro), espécie de avalista de mutuário com renda de R$ 600 a R$ 2 mil
Aporte de R$ 900 milhões com recursos do FGTS para subsidiar famílias com renda de até 5 salários mínimos (R$ 1,6 bi em 2009)
Elevação dos atuais R$ 350 mil para R$ 500 mil do teto do valor dos imóveis com financiamento do FGTS
Criação de um fundo garantidor para quem tiver financiamento e ficar desempregado. Em discussão: o prazo cobertura do financiamento pelo fundo
Emprego
Corte de impostos para empresas grandes empregadores para evitar demissões
Ampliação do período de estabilidade do trabalhador após usufruto da Bolsa-Qualificação suspensão temporária do contrato de trabalho. Novo prazo: 10 meses
Infraestrutura
Destinação de mais recursos ao BNDES
Juros
Redução de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano
Redução de spreads bancários