Presidente se reúne com dirigentes de instituições e cobra ação e liderança para derrubar as taxas.Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e os demais bancos oficiais não poderão cobrar taxas de juros mais caras do que as das instituições financeiras privadas.
Pelo contrário, eles terão de liderar o movimento de queda dos custos das operações de crédito no País. Deverão, também, acelerar a liberação de empréstimos. Essas foram as orientações transmitidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião com os presidentes dos bancos oficiais ontem, no Palácio do Planalto.
Não foi a primeira vez que essas instituições foram cobrados a contribuir mais pelo barateamento dos empréstimos.Segundo assessores, Lula não foi tão duro quanto alguns esperavam, mas não deixou dúvidas quanto ao seu desconforto. “Eles não podem cobrar taxas mais altas do que as do setor privado”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participou do encontro.
Também estavam presentes o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Mantega negou uso político, mas frisou que os bancos públicos respondem ao governo.
Durante a reunião, avaliou-se que o volume de crédito disponível no Brasil ainda é insuficiente, apesar de os as instituições financeiras oficiais haverem elevado em cerca de 40% seus desembolsos.