A avaliação da crise feita pelo CDES (Conselhão) na quinta-feira (22) marcou a agenda do governo para 2009 com um objetivo: impedir que a recessão atinja o país. Para isso, atuará em três frentes: a) desoneração tributária (R$ 18 bi até agora); b) liquidez para o sistema financeiro; c) aceleração do PAC. A preocupação faz sentido. Primeiro, é necessário alavancar Dilma Rousseff como candidata governista. Se o PAC anda lentamente e o Brasil entra em recessão, a decolagem de Dilma será problemática. Segundo, é preciso contrapor-se à ação política de José Serra, que já elaborou um amplo pacote de investimentos contemplando várias áreas de infraestrutura. Restou ao Planalto um grande desafio: gastar mais em um ambiente de queda de receitas e vencer uma burocracia que atrapalha investimentos.