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Principais notícias desta quarta-feira (04/03/2009)

José Maurício Jr.

 

País economizaria entre R$ 40 bi com queda maior de juros

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou um estudo, nesta quarta-feira (4), no qual informa que o Brasil poderia economizar entre R$ 30 bilhões e R$ 43 bilhões se a taxa básica de juros, atualmente em 12,75% ao ano, fosse maior reduzida.  "Os gastos com juros não representa geração de emprego ou renda, pelo menos não em magnitude significativa. O gasto público é o único instrumento de reação à crise. é assim que os países avançados estão agindo e é a única alternativa", disse o diretor de Estudos Macroeconômicos do IPEA, João Sicsú.

 

BC confirma ingresso de dólares em no País

Segundo números divulgados nesta quarta-feira (4) pelo Banco Central, o movimento de dólares para o Brasil fechou o mês de fevereiro com resultado positivo, após quatro meses de retiradas de recursos por investidores do país devido aos reflexos da crise financeira internacional. Houve o ingresso de US$ 841 milhões no país em todo mês passado. Em fevereiro de 2008, foi contabilizada a entrada de US$ 3,24 bilhões na economia brasileira.  Na parcial de fevereiro, até o dia 20, o movimento estava positivo em US$ 796 milhões.  .

 

Mantega avisa que Brasil será o primeiro a sair da crise

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil "será o primeiro país a sair da crise", após ter sido um dos últimos a desacelerar o ritmo de crescimento. Ele reiterou que o país está sofrendo menos os impactos da crise mundial, pois, graças às ações e medidas do governo e à reação da sociedade, está se conseguindo "minimizar os efeitos deletérios dessa crise". Mantega disse ainda que o governo tenta impedir que a crise "reduza os empregos e aborte o ciclo de desenvolvimento econômico e social" iniciado.

 

Deputados vão debater com Mantega refinanciamento de dívidas amanhã

Os líderes da base aliada na Câmara dos Deputados irão debater, nesta quinta-feira, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mudanças na Medida Provisória 449. Eles querem ampliar o refinanciamento de dívidas proposto pelo governo. A MP tranca a pauta da Câmara, mas um acordo deixou a votação para a próxima semana.

 

Furnas manterá direção de fundo de pensão

Em reunião entre representantes sindicais de trabalhadores e o presidente de Furnas, Carlos Nadalutti, nesta quarta-feira (4), no Rio, ficou acertado que não haverá mudança na direção do fundo de pensão dos funcionários, a Fundação Real Grandeza. A empresa ainda não se pronunciou oficialmente sobre o acordo.

 

Roseana Sarney defende cassação de Jackson Lago

A senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) afirmou, nesta quarta-feira (4), que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “fez justiça” ao determinar a cassação do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT-MA). Segunda colocada na eleição, Roseana irá assumir o cargo se a cassação for mantida após o julgamento de recursos da defesa do governador.
“A Justiça fez justiça, devolveu o mandato que eu tinha ganho. Eu acho que está havendo um processo educativo, as pessoas estão valorizando mais a lei”, disse a senadora.

 

AGU vence oposição e mantém o programa Café com Presidente no ar

A Advocacia Geral da União divulgou, nesta quarta-feira (4), que derrotou uma ação popular movida contra o programa Café com Presidente. A ação tentava impedir a transmissão da entrevista semanal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por rádio no estado do Paraná. Segundo a AGU, “a ação alegava a utilização do programa para promoção pessoal do presidente, ofensa aos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa e lesão ao patrimônio público”.

 

Collor derrota PT com apoio do PMDB e clima esquenta no Senado

O ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) foi eleito, nesta quarta-feira, presidente da Comissão de Infraestrutura da Casa. Apesar de pertencer a um partido cuja bancada é menor (7) que a de sua concorrente (13), Ideli Salvatti (PT-SC), o alagoano se beneficiou de um acordo feito no início do ano para a eleição do atual presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). Foram 13 votos a 10 para Collor que contou com o apoio dos senadores do DEM e do PMDB. Ele justificou as criticas da petista que alegou que, nos outros colegiados, a proporcionalidade das bancadas esta sendo respeitada para indicar parlamentares para uma comissão. “Se este parlamento decide suas questões pelo voto, se é pelo voto que se constrói e se consolida o sistema democrático, nada impede a disputa”.

Mas o clima esquentou antes mesmo da vitória de Collor. Durante seu discurso de justificativa para candidatura, o alagoano não economizou elogios para Ideli. Ele a qualificou com uma parlamentar conciliadora que “cisca para dentro”. Mas as ambigüidades dos elogios causaram certo furor nos petistas. O líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), interveio e pediu que Collor retirasse a expressão. O senador do PTB afirmou que não havia qualquer ofensa a Ideli e que a expressão é comum no Nordeste. Mas Collor acabou cedendo e retirou o que disse. Aliado do governo, o PMDB explicou através do líder da legenda na Casa, Renan Calheiros (AL), que o motivo de não ter apoiado o PT foi mesmo a aliança feita com o PTB para a eleição de Sarney. “O PMDB assumiu compromissos com os quais não pode abrir”.