Até o final do ano passado, a defesa das prévias por parte do governador Aécio Neves não passava de uma forma de dar uma satisfação ao eleitorado mineiro, que torce por sua candidatura. Ele sempre soube que dificilmente alguém tomaria novamente a vez de José Serra. As prévias tornaram-se uma arma de luta pela indicação do PSDB depois que a equipe do mineiro fez as contas e concluiu que: 1) embora ninguém discuta o preparo de Serra e ele esteja na frente nas pesquisas, passa arrogância (São Paulo), enquanto Aécio é “leve, sedutor, conversa melhor, tem uma bancada grande e é Neves (uma griffe)”; 2) Dilma é correta e tem Lula, mas seu motor eleitoral (o PAC) “é uma pedreira. Ela não encarna continuidade e não tem nem o charme de Palocci nem a força de Zé Dirceu&rdq uo;. Na visão do time de Aécio, o pior que pode acontecer ao governador de Minas é ele perder as prévias, mas isso não lhe causará tanto dano, pois tem uma longa estrada pela frente. Pode até mesmo desistir da disputa sem maior prejuízo.