Depois de agitar a Câmara dos Deputados antes mesmo de chegar à Casa, o depoimento do delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz, foi alvo de algumas discussões nesta quarta-feira. A primeira polêmica do dia foi gerada pelo ‘calouro’ da CPI dos Grampos, o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ). O parlamentar pediu que a comissão marcasse uma data para o banqueiro Daniel Dantas comparecer ao Congresso. E, por causa dessa ausência de data, o banqueiro estaria sendo beneficiado, afirmou Alencar. Esse assunto irritou o presidente da CPI, o deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), que negou que haja qualquer proteção e defendeu, inclusive, o indiciamento do banqueiro. Ele ainda ressaltou que a marcação da data depende do cronograma de trabalho, que é de responsabilidade do relator, Nelson Pellegrino (PT-BA).
Protógenes negou ter investigado o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva e a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff. O delegado Protógenes depôs protegido por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe deu o direito de ficar calado e o protegeu de ter sido preso.