Veja texto da revista Veja publicada neste 1o de maio sobre a sucessão presidencial e a saúde da ministra Dilma Roussef:
"Não ter um plano B seria uma imprudência que um político experiente como o presidente jamais cometeria. Seu preferido para substituir Dilma como candidato do PT é o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. VEJA obteve a informação com cinco interlocutores diretos do presidente. A consultoria Arko Advice aferiu que Palocci também conta com a simpatia de 26% dos deputados da base governista. Tarso, Patrus, Haddad e Jaques podem se movimentar à vontade, mas, se depender do presidente, nenhum deles será seu sucessor. O único impedimento, por enquanto, de uma eventual candidatura do ex-ministro da Fazenda é o processo que corre no Supremo Tribunal Federal sobre a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que trabalhava em uma mansão frequentada por lobistas ligados a Palocci.
O ex-ministro tem experiência política, trânsito no Congresso e entre partidos aliados e é respeitado pelo empresariado graças à elogiável gestão que teve à frente do Ministério da Fazenda. Seu nome é pouco conhecido do eleitorado de classes mais baixas, mas nada que o presidente e seus programas sociais não consigam reverter. Se Lula tiver de trocar a candidatura de Dilma pela de Palocci até fevereiro, há tempo de sobra para ele se viabilizar. O prazo que o presidente dá para uma eventual mudança é ainda menor. Ele quer esperar o resultado da quimioterapia que Dilma fará nos próximos quatro meses para verificar se ela terá condição de manter a candidatura. Se houver uma indefinição ou se o tratamento precisar ser prorrogado, a hipótese da substituição ganhará força, pois a avaliação do governo é que é necessário iniciar o ano eleitoral com uma candidatura consolidada, e sem o fantasma de uma substituição de última hora a rondar o palanque. Só assim, talvez, Dilma terá direito a ser tratada como um ser humano."
A pesquisa a que se refere a matéria foi feita pela Arko Advice com 66 deputados federais da base. Os resultados apontam Palocci como o preferido por 26% dos pesquisados. Ciro Gomes (17%), Aécio Neves e Patruas Ananias (11%), Eduardo Campos (9%) e Fernando Haddad (8%), respectivamente, também foram mencionados.