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Governo descarta oposição no comando da CPI

Lula interveio na negociação para a composição da CPI da Petrobras, deixando claro que não quer alguém da oposição no comando das investigações. A ação da CPI preocupa o governo que teme embaraços para investimentos da empresa. O líder do PMDB, Renan Calheiros, teria se comprometido a indicar nomes do partido que não criem dificuldades nas investigações e nem acirrem a disputa com o PT. Aumentam manifestações de sindicalistas, ONGs e petistas contra as investigações.

Os líderes partidários devem indicar nesta terça-feira os 11 senadores que integrarão a CPI. Pelo regimento, termina hoje o prazo regimental de cinco sessões para as legendas indicarem seus representantes. Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do partido, afirmou que divulgará neste prazo os nomes dos parlamentares do bloco que farão parte da CPI.

Até o momento, PDT indicou Jefferson Praia (AM) e o PTB indicou Fernando Collor (AL). A oposição tem seis nomes escolhidos, porém, só poderá oficializar cinco nomes. Por enquanto, estão cotados os senadores Heráclito Fortes (PI), ACM Júnior (BA) e Demóstenes Torres (GO), pelo DEM, e álvaro Dias (PR), Tasso Jereissati (CE) e Sérgio Guerra (PE), pelo PSDB.

Porém O PSDB voltou atrás e desistiu nesta terça-feira de reclamar uma vaga adicional na CPI da Petrobras. O líder da bancada, senador Arthur Virgílio (AM), disse que quer evitar atrasos na instalação da comissão. ‘Aceitamos em troca de não protelar mais ainda a CPI. Não vamos fazer nada que atrase a instalação da CPI’, afirmou o líder tucano que disse acreditar no "bom senso" dos governistas em ceder uma das vagas no comando da CPI à oposição.

Mas os governistas comunicaram à oposição no fim da tarde que não haverá acordo acerca dos cargos de comando da CPI. Em contrapartida, DEM e PSDB – donos das duas maiores bancadas no Senado – irão obstruir a votação da MP 452, que capitaliza o Fundo Soberano.

Já o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), disse na que se os líderes partidários não oficializarem a indicação dos seus representantes para compor CPI, ele mesmo fará as indicações dos integrantes nesta quarta-feira: ‘Se não tiver as indicações até a meia-noite de hoje, eu mesmo, de acordo com decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), farei as indicações, tendo em vista que já decorreram as cinco sessões, desde a leitura do requerimento de criação da CPI’.

Sarney disse que se manterá afastado das questões políticas que envolvem a CPI, como a divisão dos cargos de comando da CPI entre governo e oposição. Ele acrescentou que espera o entendimento das partes para que não haja obstrução da pauta de votações no plenário.