Como relator do caso do mensalão mineiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa deve propor hoje no plenário da Corte a abertura de ação penal contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter cometido crimes de peculato e lavagem de dinheiro durante sua campanha pela reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998, quando foi derrotado. Se a ação for aberta, o tucano passará da condição de investigado à de réu. De acordo com a denúncia a ser analisada hoje pelo Supremo, os crimes teriam participação do empresário Marcos Valério, apontado como operador do esquema. Na peça de acusação, o MPF pede a abertura do inquérito contra Azeredo. O processo contra outros suspeitos, como Cláudio Mourão, ex-tesoureiro da campanha tucana, tramita na Justiça Federal de Minas.