Os Democratas estão divididos a respeito da expulsão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, suspeito de comandar esquema de corrupção em seu governo. Uma ala comandada pelos senadores Demóstenes Torres (GO) e José Agripino Maia (RN), líder do partido no Senado, e pelo deputado Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Câmara, defendem a expulsão de Arruda. Mas o presidente da sigla, deputado Rodrigo Maia (RJ), amigo do governador, considera a expulsão um punição exagerada. Para tentar chegar a um consenso, na reunião da executiva que aconteceu ontem (1º), a cúpula decidiu dá um prazo para Arruda se defender. Terá oito dias para explicar e desmentir as imagens nas quais aparece recebendo dinheiro do então secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa. O DEM, porém, esquivou-se de abrir processo contra o vice-governador do DF, Paulo Octávio. A Executiva do partido livrou ainda o deputado Leonardo Prudente, presidente da Câmara Legislativa do DF, que aparece em gravação guardando dinheiro na meia. Ao observar as decisões da Executiva do partido, no maior esquema de corrupção de conhecimento público do País, a conta se apresentará apenas ao governador Arruda.