José Maurício dos Santos
Apesar de ser contrário à proposta de emenda constitucional, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), disse nesta segunda-feira (1º) que, se for à votação, a proposta de emenda constitucional (PEC 231/95) que reduz a jornada de trabalho será aprovada devido ao peso das eleições. "Tenho sentido lá na Câmara que, em um ano como este, se a matéria for ao plenário, aprovam-se as 40 horas. Eu não tenho dúvida disso", afirmou o deputado.
"As centrais sindicais têm uma capacidade de mobilização extraordinária. Eles fazem passeatas e depois vão 200 líderes sindicais na minha sala numa pressão pessoal, quase física", disse ele.
Temer defende uma redução gradativa. Ou seja, em 2011, a jornada passaria para 43 horas; e, em 2012, para 42 horas semanais. Não havendo aumento no valor da hora extra.
Já a PEC, prevê redução de 45 para 40 horas semanais e o aumento do adicional por hora extra de 50% para 75%. A proposta já foi aprovada por uma comissão especial da Câmara e precisa ser votada em dois turnos pelo plenário.
Temer ministrava palestra para empresários nesta segunda-feira (1º), em São Paulo.