A Câmara Legislativa do Distrito Federal decidiu nesta quinta-feira (4), deixar para o início da noite, a votação sobre a abertura do processo de impeachment contra o governador afastado José Roberto Arruda.
Para evitar brechas que beneficiem Arruda, a Casa entendeu, fundamentada no argumento defendido pela procuradoria, que era preciso aguardar 48 horas após a publicação do parecer do relator do caso, no Diário Oficial da Câmara, para que o plenário pudesse votar, já que o parecer foi publicado no final da tarde da última terça-feira (3). "Nós estamos dispostos e não deixaremos que nada interrompa este processo de limpeza e de profilaxia na política do DF", disse a jornalistas o relator, deputado Chico Leite (PT). "Nós cuidaremos de todos os detalhes que estiverem ao nosso alcance para evitar nulidades."
Mesmo com as precauções dos parlamentares, a defesa do governador deve entrar com recurso no Tribunal de Justiça do DF questionando a legalidade da votação. De acordo com a advogada Luciana Lóssio, o processo não poderia ser analisado pois não foi publicado no diário oficial da Casa junto com a denúncia, como prevê a legislação.