Apesar do ministro da Defesa Nelson Jobim sinalizar que o governo já teria optado pelo modelo francês, o Rafale, da empresa Dassault – preterido pelos militares, a decisão é do presidente Lula. Mesmo insinuando que já tenha tomado a decisão, o ministro insistiu nesta sexta-feira (12) que ainda não pode anunciar oficialmente a decisão.
Jobim, confirmou que, na segunda semana de abril, anunciará o seu parecer em relação à compra de caças para as Força Aérea Brasileira (FAB).
São três empresas que estão na briga. A sueca Saab, com o caça Grispen RN, prefeirda pela FAB, a americana Boeing, com o jato Super Hornet F-18, e francesa Dessault, com o avião preferido do governo, o Rafale.
Os lobbies acontecem de todos os lados. Em setembro do ano passado o presidente francês Nicolas Sarkozy veio ao Brasil e anunciou, junto a Lula, a parceria para a compra dos caças entre os dois países.
Há cerca de 20 dias, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, também veio país num encontro com o presidente, no qual, o assunto dos caças também entrou em pauta.
E, no dia 23, a família real sueca fará uma visita ao Planalto e à Embraer para também tratar do assunto.
No entanto, Lula ainda não está certo de que o Rafale seja a melhor escolha. O fato de que o avião francês desagrada a muitos atores importantes atrapalha a escolha do caça francês.
Aém da FAB, Embraer, FIESP e a Associação Nacional da Indústria Aeroespacial Brasileira não aceitam o caça frances.
Três outros pontos atrapalham o avião francês: ele vai gerar pouquíssimo empregos no Brasil; é muito mais caro e tem componentes americanos, entre eles aviônicos importantes e o GPS.
Jobim finaliza um relatório alternativo ao da FAB para tentar se contrapor ao fato de que o Rafale teria sido reprovado em todos os quesitos e terminado sendo a última opção para a FAB.