A decisão de não apoiar as sanções contra o Irã por conta do seu programa nuclear é uma aposta arriscada para o país que quer ocupar um assento definitivo no Conselho de Segurança da ONU. Pelo simples fato de que tal atitude coloca os Estados Unidos em uma posição antagônica em relação ao desejo do Brasil de poupar o irã de novas sanções. O recado foi dado na revista Newsweek desta semana. O Brasil deveria ter outra postura para ser membro permanente do Conselho de Segurança. No contexto, o Brasil começa a construir uma frente contra a sua presença no órgão. Discretamente, a Itália se manifestou contra. Os Estados Unidos e a Inglaterra podem se opor. Por outro lado, a aposta do Brasil pode dar certo se o Irã recuar. é o cenário mais improvável. O Irã vai testar a paciência das grandes potências contando com a complacência da China e do Brasil. Até que alguma evidência mais escandalosa seja descoberta e os países resolvam dar uma lição. Parece que ainda vai demorar. E pode ser tarde.