Brasil, Rússia, China e índia devem coordenar-se para influir no modelo para o sistema financeiro internacional que emergirá da crise mundial, defenderam, ontem, dirigentes de alguns dos principais centros de estudo desses países, em seminário que antecedeu o início da cúpula de chefes de Estado dos chamados Bric, que começa hoje em Brasília. Os pesquisadores também defenderam as discussões entre os governantes para a criação de mecanismos monetários que dispensem o uso do dólar nas transações internacionais e preparem para uma eventual substituição da moeda americana como referência internacional. O governo brasileiro quer que os quatro maiores países emergentes da atualidade – Brasil, Rússia, índia e China – atuem com "mais empenho e união" em prol de uma reforma do sistema financeiro internacional. Segundo um representante do Itamaraty, esta deve ser a principal mensagem do Brasil durante a 2ª cúpula de chefes de Estado dos Brics, nesta sexta-feira, em Brasília. "O pior da crise econômica já passou, mas não podemos perder o momento para avançar nesse debate", diz a fonte.