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Queda na aprovação do governo começou em fevereiro, por Murillo de Aragão

Uma avaliação importante a ser feita na última pesquisa CNI/Ibope é comparar os resultados das sondagens considerando a avaliação do governo entre as variáveis escolaridade, região e renda.
 
De novembro de 2013 para março de 2014 a avaliação positiva do governo Dilma Rousseff caiu de 43% para 36%; a regular oscilou de 35% para 36%; enquanto a negativa cresceu de 20% para 27%. é importante mencionar que, apesar de não ter sido contratada pela CNI, uma pesquisa realizada em fevereiro deste ano, também pelo Ibope, já indicava uma queda na aprovação do governo Dilma Rousseff (ver tabela abaixo). Em fevereiro, a avaliação positiva do governo tinha caído de 43% para 39%. A avaliação regular havia oscilado de 36% para 35%; e a negativa (“ruim/péssimo”) tinha crescido de 20% para 24%.
 
Na pesquisa CNI/Ibope, divulgada na semana passada, a avaliação positiva registrou queda em todas as faixas de escolaridade. Entre os eleitores com até a 4a série do ensino fundamental, a aprovação do governo caiu de 54% para 48%, enquanto a desaprovação cresceu de 14% para 21%. Entre os eleitores de 5a a 8a séries, a aprovação oscilou de 37% para 38%. No entanto, a desaprovação cresceu de 18% para 23%. Nos eleitores com ensino médio, a aprovação caiu de 39% para 30%; e a desaprovação subiu de 23% para 30%. E entre o eleitorado com ensino superior, a aprovação baixou de 35% para 26%, enquanto a desaprovação aumentou de 26% para 37%.
 
Na divisão por regiões, a aprovação do governo caiu de 45% para 39% no Norte/Centro-Oeste, enquanto a desaprovação aumentou de 19% para 24%. No Nordeste, onde o governo é mais forte eleitoralmente, a aprovação caiu de 52% para 45%. A desaprovação, por sua vez, cresceu de 13% para 17%. No Sudeste, a aprovação caiu de 38% para 29%, enquanto a desaprovação cresceu de 24% para 34% (vale registrar que nessa região a desaprovação ao governo Dilma já supera a aprovação). E no Sul, a aprovação caiu de 46% para 39%, enquanto a desaprovação aumentou de 17% para 26%.
 
No quesito renda, a aprovação do governo caiu de 35% para 23% entre os eleitores que ganham acima de 10 salários mínimos, enquanto a desaprovação aumentou de 25% para 41%. Entre os entrevistados com renda de mais de 5 a 10 salários mínimos, a aprovação caiu de 36% para 23%; e a desaprovação aumentou de 25% para 34%. No segmento com renda de mais de 2 a 5 salários, a aprovação caiu de 42% para 35%, enquanto a desaprovação subiu de 20% para 29%. Entre os eleitores com renda de mais de 1 a 2 salários, a aprovação caiu de 47% para 40%, enquanto a desaprovação cresceu de 18% para 22%. E entre os brasileiros com renda de até 1 salário mínimo, a aprovação baixou de 55% para 48%; e a desaprovação aumentou de 13% para 18%.
 
Conforme podemos observar, chama a atenção na pesquisa a queda de aprovação somada ao aumento da desaprovação ao governo em praticamente todos os segmentos das variáveis escolaridade, região e renda. A desaprovação ao governo Dilma já supera a aprovação entre os eleitores com ensino médio e superior que moram na Região Sudeste e possuem renda salarial de 5 a 10 salários mínimos e mais de 10 de salários mínimos.