A queda de seis pontos na pesquisa de preferência eleitoral do Datafolha, anunciada no sábado (5), é mais uma luz amarela no caminho da presidente Dilma Rousseff (PT) em sua busca pela reeleição, em outubro. Dilma tinha 44% de intenção de voto em fevereiro último e agora aparece com 38%. é uma queda muito forte em tão pouco tempo.
Como dizemos na Arko Advice desde o ano passado, Dilma é favorita, mas a condução de seu governo e de sua campanha é recheada de equívocos que começam a custar caro. Sua sorte é que a oposição continua sem discurso nem narrativa, vivendo dos erros e das confusões em que o Planalto se mete.
Caso existisse uma oposição firme e consistente – como o PT foi na era FHC –, a situação seria bem diferente. A sorte de Dilma fica evidente porque, apesar de sua significativa queda, ela ganharia no primeiro turno das eleições de forma definitiva. E isso porque os demais candidatos continuam estacionados.
A situação é pior para Aécio Neves (PSDB), que, estando em movimento e com muita exposição na mídia, não sai do lugar. Eduardo Campos (PSB), em que pese o terceiro lugar, está bem posicionado para uma arrancada, caso tenha energia para isso.
A queda tem duas consequências lógicas. Uma é a maior dependência do governo de sua base política. A outra é o fortalecimento do movimento “volta, Lula”.