A presidente Dilma Rousseff afirmou em jantar com um grupo de dez jornalistas mulheres que "Achar que o Brasil vai explodir em 2015 é ridículo. O Brasil vai é bombar”. O objetivo do encontro, no Palácio da Alvorada, foi responder a críticas de adversários e passar otimismo sobre o futuro do país, e assim reverter a queda nas mais recentes pesquisas eleitorais.
Para a presidente, "a inflação está sob controle, mas não está tudo bem". Ela diz que a sensação de "mal estar" em relação aos preços se explica pela diferença entre a taxa de crescimento dos bens e a taxa de crescimento dos serviços. "Demanda tempo fazer um investimento que produza efeito nos serviços. E todo mundo quer mais: quando alcança um desafio, a gente fica ambicioso e quer mais", destacou.
A presidente deu estocadas nos adversários. Sem falar em Aécio Neves (PSDB), que recentemente admitiu que não hesitaria em tomar medidas impopulares, Dilma afirmou: "Quem falou é que diga o que são medidas impopulares. Mas é preciso não confundir impopulares com antipopulares". Em relação a Eduardo Campos (PSB), que prometeu uma inflação de 3% ao ano, a presidente argumentou: "Sabe o que isso significa? Desemprego da ordem de 8,2% e falta de recursos para investimentos". Questionada sobre eventual transferência de Alexandre Tombini do Banco Central para o Ministério da Fazenda, a presidente foi categórica: "Não cogito nada".