Aos poucos, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, impõe sua influência nas negociações políticas do Planalto. Em conversas na noite da segunda e na manhã desta terça-feira, 11, ele ajudou a presidente Dilma Rousseff a conter a "fúria" do PMDB por mais espaço no governo e enquadrar os líderes do partido. Palocci conseguiu do vice-presidente Michel Temer e do líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) uma trégua na guerra declarada com o PT por cargos de segundo escalão. Em uma conversa nesta terça, o Planalto, cada vez mais personalizado na figura de Palocci, orientou o PMDB a discutir diretamente com ministros petistas nomes para preenchimento de cargos considerados vitais para a máquina do partido. é o caso da escolha do novo comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão subordinado ao ministro petista Alexandre Padilha. Ao mesmo tempo, o partido aceitou não reclamar mais na imprensa de "traições" por parte dos petistas. Pelas conversas, o PMDB terá de assumir uma postura de "partido do governo" e sepultar as desavenças com o PT pelo menos até fevereiro, quando a Câmara e o Senado escolhem seus novos presidentes.