O PDT parece mesmo determinado a criar dificuldades para a presidente Dilma Rousseff e para o PT. No mesmo dia em que o deputado Paulo Pereira da Silva pediu que o governo abra negociações sobre salário mínimo e reajuste da tabela do Imposto de Renda, a bancada do partido na Câmara se reuniu para decidir sobre a eleição do novo presidente da Casa. Mas adiou a manifestação de apoio ao petista Marco Maia (RS), que preside a Câmara desde dezembro e é o candidato do governo à reeleição. Os pedetistas alegaram indefinição sobre os cargos que o partido poderá ter na composição da Mesa Diretora e das comissões permanentes. Na verdade, tudo está em jogo: cargos de comando na Câmara, cargos no segundo escalão do governo e as reivindicações das centrais sindicais sobre mínimo e IR. O PDT elegeu 26 deputados em outubro. O líder do PDT, Paulo Pereira da Silva, negou essas vinculações. – Salário mínimo, aumento dos aposentados e a correção do Imposto de Renda, negociamos com o Planalto. Uma negociação diferente da negociação na composição da Mesa Diretora, que vamos resolver até o dia 31 de janeiro. Hoje tentamos, não conseguimos, não havia maioria de deputados, porque muitos estão viajando. A tendência é apoiar Marco Maia – afirmou ele.