A guerra por uma vaga na Câmara dos Deputados ultrapassou as urnas e chegou ao Judiciário. Pelo menos 28 suplentes de parlamentares de 12 estados e do Distrito Federal que se licenciaram para assumir cargos no Executivo estão com a situação indefinida. Apesar de a Casa ter decidido chamar os substitutos seguindo a ordem de votação das coligações partidárias, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pode mudar a regra a qualquer momento, passando o bastão para o próximo nome do partido. Por enquanto, em liminar, esse foi o entendimento da Corte. Diante da divergência jurídica, alguns políticos já começam a entrar com ações para garantir as vagas em fevereiro e, em alguns casos, já no mandato tampão de janeiro. é o caso de Francisco Luiz Escórcio Lima, o Chiquinho Escórcio (PMDB-MA), que, em mandado de segurança, alega ter direito "líquido e certo" à vaga de Pedro Novais (PMDB), nomeado ministro do Turismo. Seguindo a ordem de votação da coligação que elegeu o deputado alçado a ministro, pela regra adotada na Câmara, o substituto seria Costa Ferreira (PSC), mas, pelo entendimento atual do Supremo, a vaga fica com Chiquinho Escórcio.