Depois da alta de mais de 10% acima da inflação em 2010, os gastos não financeiros do governo federal devem avançar a um ritmo mais moderado neste ano. As previsões apontam para um aumento de 3% a 7% em termos reais para o conjunto dessas despesas (como pessoal, aposentadorias, custeio da máquina, Bolsa Família e investimentos), num cenário de reajuste mais modesto do salário mínimo e da reiterada disposição do governo em controlar a política fiscal, depois de dois anos de forte expansão dos gastos. A condução mais austera das contas públicas deve estimular menos a demanda, embora não a ponto de evitar a retomada da alta do juros – na melhor das hipóteses, tende a limitar a intensidade e extensão do aperto monetário, dizem analistas.