O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou ontem, em nota, que tenha feito acordo com membros do governo para a eleição à presidência da Casa. Segundo o acordo, ele ficaria os próximos dois anos na presidência do Senado e o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), os dois anos seguintes – numa forma de compensar Renan pelo afastamento do cargo em 2007, em meio a uma série de denúncias. Na nota, Sarney diz não ter feito "qualquer acordo no sentido descrito, desconhece sua existência, e jamais participou de conversa telefônica ou de reunião" sobre o assunto. Sarney diz, ainda, que desmente qualquer versão sobre o acordo. "Não levantei o tema da próxima sucessão no Senado com qualquer pessoa do governo", afirma o senador.