A proposta em estudo no governo de corrigir a tabela do Imposto de Renda (IR) em 6,46%, em troca de manter o salário mínimo em R$ 545, foi mal recebida pelas centrais sindicais – criando mais um round da queda de braço entre aliados e a presidente Dilma Rousseff. Em nota divulgada ontem, a Força Sindical chama a proposta de "nefasta" e afirma que a negociação teria que envolver três pontos: mínimo, IR e aumento dos benefícios dos aposentados que ganham acima do mínimo. Em sua página na internet, a CUT voltou a enfatizar a defesa dos R$ 580 para o mínimo. O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, se reuniu com a presidente, e amanhã recebe, no Palácio do Planalto, os dirigentes das seis centrais sindicais. De acordo com a assessoria da Secretaria Geral da Presidência, Dilma pediu ao Ministério da Fazenda que faça simulações do impacto orçamentário do reajuste do mínimo e da correção da tabela do IR.