A necessidade de crédito está obrigando o brasileiro a se planejar. Para não ser expulso do paraíso do consumo, a maioria está honrando seus compromissos em dia. A inadimplência, segundo dados do Banco Central, fechou no patamar de 5,7% em 2010 – o menor desde junho de 2001, quando o calote havia alcançado 5,5% de todas as operações realizadas pelas famílias. A queda dos juros, de 2,1% no último ano, também favoreceu a quitação das dívidas, aliviando um pouco o bolso. Para Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC, o percentual está em um bom nível, mas, no decorrer de 2011, deve voltar a subir. Carlos Thadeu de Freitas, ex-BC e atualmente economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), concorda com a opinião de Lopes. "Não será nada alarmante, só um movimento natural. Os dados de 2010, de queda na inadimplência, mostram que o brasileiro está preocupado em manter o nome limpo para não deixar de comprar", pondera Freitas.