à saída de uma mesa de debates anormalmente movimentada para um último dia do Fórum Econômico Mundial, no sábado, o vice-presidente da Comissão de Planejamento da índia, Montek Singh Ahluwalia, falou em "cauteloso otimismo", o bordão mais popular em Davos, neste ano, ao definir, para o Valor, qual a sensação geral entre os participantes do encontro que reuniu por quatro dias na Suíça boa parte da elite mundial. "A situação é melhor do que esperávamos, mas há desafios à frente", disse. "Curioso. Essa é exatamente a frase que o general David Petraeus usou para definir a situação no Afeganistão", emendou, rindo de si mesmo. A comparação inconsciente com o general que fez um relatório ufanista sobre a ação militar dos Estados Unidos no Afeganistão na semana passada, deixando de lado a catástrofe em que está mergulhado o país, tem alguma razão de ser. Aliviados com o fim do temor de volta da recessão em 2010, os organizadores de Davos tiveram de montar às pressas, no sábado, o debate do qual saía Ahluwalia. O tema: Tunísia, país de onde se originou uma revolta popular contra governos corruptos na áfrica que, durante a semana, engolfou também o Egito.