O Banco Central (BC) do Chile está muito preocupado com a crescente inflação e sua política monetária não será subordinada a taxa de câmbio, anunciou o presidente da entidade, José De Gregório.
De Gregório emitiu sinais sobre possíveis elevações na taxa de juros, fato que pode ser visto pelo mercado como um complemento a intervenção de US$ 12 bilhões realizada recentemente para conter a valorização da moeda local. Este fortalecimento da moeda chilena é prejudicial aos exportadores.
Em entrevista concedida a imprensa local, o presidente do BC reconheceu que está preocupado com o que pode ocorrer em matéria inflacionária.
Questionado sobre a intervenção realizada pelo BC, De Gregório ressaltou que elas são flexíveis e seu impacto sobre o câmbio está dentro do nível estimado pela instituição.
Uma advertência feita por José De Gregório é que os controles de capital poderiam afetar a estabilidade financeira do país por conta do cenário de riscos.
Em dezembro de 2010, os preços ao consumidor cresceram mais que o esperado pelos analistas, elevando as estimativas de inflação após a intervenção do BC na economia e a alta dos preços dos alimentos no exterior.