A China acena com uma proposta politicamente sensível para o Brasil e outros países que pedem reequilíbrio na qualidade do comércio bilateral, já que estão hoje condenados a exportar só commodities e importar manufaturados. Para o ministro de Comércio da China, Chen Deming, isso pode ser resolvido através de mais investimentos chineses no mercado dos parceiros: as empresas chinesas se instalam localmente, produzem com valor agregado e elas que exportam para o mercado chinês. A proposta é sensível porque os chineses não vem para o Brasil investir necessariamente no que interessa ao desenvolvimento do país, e sim onde pode garantir seu abastecimento em matérias-primas. é nesse caminho que a China já se tornou o maior investidor estrangeiro no Brasil, com US$ 17 bilhões dos US$ 48,4 bilhões que entraram no país em 2010, comparado a apenas US$ 300 milhões em 2009, como o Valor revelou.