O resultado da atividade industrial divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra aumento de 10,5% no ano em relação a 2009, o mais alto em 24 anos. O ritmo de crescimento, porém, foi desacelerando ao longo do ano e chegou em dezembro com uma frustrante queda de 0,7% na comparação com novembro. Essa queda, associada às expectativas de alta dos juros e manutenção do câmbio valorizado, levou especialistas e industriais a reverem para baixo as projeções para este ano. O que mudou no cenário foi o grau de confiança no crescimento da produção. Não se prevê um quadro de euforia, mas também não se imagina uma crise. As projeções de crescimento, que variavam de 4% a 6%, agora partem de 2,5%. Ainda há quem mantenha os 6%, embora com viés de baixa.