A Petrobrás  desistiu de comprar a participação da italiana Eni na portuguesa Galp, segundo a agência Reuters.  

 

Sergio Gabrielli, presidente da empresa, deverá confirmar a decisão ao ministro Edison Lobão nesta sexta-feira. 

De acordo com a imprensa, a negociação foi encerrada por questões relacionadas à governança da companhia portuguesa, que conta com grande diversidade de acionistas. 

No entanto, a questão é mais complexa. A Petrobrás tem como prioridade investir no Brasil. Os recursos dedicados à compra das ações da Galp poderiam ser melhor utilizados no país. 

Outra questão é o fato de que a Galp é sócia com 10% dos campos do Pré-Sal. Ser sócia da empresa aumentaria desnecessariamente a exposição da Petrobras em investimento que ela já é majoritária. 

Por fim, duas outras questões.  A Eni queria mais do que as ações da Galp supostamente valiam. E a Petrobrás avaliou que a Galp não daria o apoio estratégico esperado para a venda do etanol e do biodiesel do Brasil na Europa.  

Voltando ao tema da governança, as ligações da GALP com a empresa angolana Sonangol eram vistas com desconfianças pelo mercado e por setores do governo brasileiro. 

Curiosamente, a  Sonangol estaria querendo ampliar sua participação na Galp e comprar a parcela da Eni que seria vendida para a Petrobrás.