As medidas do governo para conter a valorização do real adicionaram mais lenha na fogueira da inflação. O real forte atuava como um amortecedor interno do aumento dos preços das matérias-primas no exterior. Agora, a contaminação se tornou direta e já acendeu um sinal de alerta no Banco Central (BC) e no mercado. Em economês, se diz que o País perdeu, ao menos momentaneamente, a chamada "âncora cambial". "Desde que o ministro da Fazenda (Guido Mantega) falou em guerra cambial (em outubro do ano passado ), vemos uma clara inconsistência entre a política monetária e a política cambial no País", afirmou o economista-chefe do banco Santander e ex-diretor do BC, Alexandre Schwartsman.