Um dos maiores mistérios da sucessão presidencial argentina parece estar chegando ao fim. O prefeito autônomo de Buenos Aires, Maurício Macri, do partido Proposta Renovadora (PRO), declarou na semana passada que será candidato a Casa Rosada. Ele lembrou que está em campanha há mais de oito meses e lançará oficialmente seu nome entre março e abril.
Entre os estrategistas de Macri, o entendimento é que o prefeito deve tentar aglutinar o voto de centro-direita nas eleições presidenciais de outubro para ganhar maior densidade eleitoral. Os aliados também avaliam que o deputado Francisco de Narváez, que foi o parlamentar mais votado nas eleições legislativas de 2009, pode ser um importante reforço na campanha.
Atento as movimentações dos adversários, o clima no Kirchnerismo é de otimismo. A presidente Cristina Kirchner ainda não anunciou oficialmente sua candidatura a reeleição, mas a tendência é que ela busque um novo mandato. é importante mencionar que desde a morte do ex-presidente Néstor Kirchner, Cristina passou a ser o plano A do governo.
No entendimento da Casa Rosada, a candidatura Macri no tabuleiro eleitoral, além de ajudar na estratégia de polarizar a eleição entre a chamada “esquerda progressista” e a direita, é um nome mais fácil de ser derrotado. Mesmo reconhecendo a estrutura da União Cívica Radical (UCR), o Kirchnerismo ainda não se sente ameaçado pelo segundo maior partido político argentino.