Depois do salário mínimo, o governo vai começar a negociar com as centrais sindicais a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) das pessoas físicas. A equipe econômica já se dispôs a reajustar a tabela em 4,5% pelos próximos quatro anos, o que representaria uma renúncia fiscal de R$2,2 bilhões por ano (R$8,8 bilhões até 2014). No entanto, a defasagem é bem maior do que a oferta do governo. Estudo feito pelo Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco) mostra que, entre 1995 e 2010, a correção da tabela do IR foi de 88,51%. No entanto, a inflação medida pelo IPCA acumulado no mesmo período foi de 209,36%. Isso significa que ainda há um resíduo de 64,1% que ainda precisa ser compensado.