Camponeses indígenas da Amazônia equatoriana disseram que vão pleitear mais indenizações da companhia petrolífera Chevron, condenada a pagar US$ 8,6 bilhões por ter poluído a região, numa das mais duras sentenças por crime ambiental já impostas no mundo.
Segundo a agência Reuters, os moradores dizem que o valor não cobre os custos de recuperação, e pretendem recorrer nesta semana a um tribunal local.
A indústria petrolífera global acompanha com atenção essa batalha judicial, que se desenrola há 17 anos e que pode criar uma jurisprudência internacional.
Os indígenas da etnia secoya alegam sofrer uma maior incidência de câncer na área poluída. A Chevron nega qualquer responsabilidade pelos danos e diz que a condenação é ilegítima e inexequível.
Os autores da ação pleiteiam US$ 27 bilhões em indenizações, e cogitam embargar bens da Chevron no exterior. A conclusão do caso pode levar anos, e poucos analistas acham que a empresa norte-americana terá de desembolsar uma indenização tão cedo.
A Chevron acusa o governo do Equador de interferir na decisão judicial a favor dos indígenas.