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URUGUAI: Disputa na Frente Ampla

A disputa entre a esquerda moderada e a mais radical segue tensionando internamente a Frente Ampla, coalizão de centro-esquerda que governa o Uruguai desde 2005. Isto é conseqüência da resistência do presidente do Uruguai, José Mujica, e de seu vice, Danilo Astori, as pressões que comunistas, sindicalistas e até membros de sua própria facção, o Movimento de Participação Popular (MPP), força majoritária na coalizão, fazem sobre o atual governo.

Em meio a este agitado cenário na Frente Ampla, o ex-presidente Tabaré Vázquez já anunciou publicamente sua intenção de retornar ao poder em 2015.

A Frente Ampla vive intensos debates entre os que desejam aprofundar as reformas e os que optam pela ortodoxia, a garantia da segurança jurídica, a manutenção da estabilidade e o crescimento econômico.

Os setores mais a esquerda da coalizão governista desejam reformar o modelo fiscal, aplicar mais impostos aos exportadores, diminuir os benefícios fiscais aos investidores estrangeiros e aumentar o Imposto sobre as Atividades Econômicas (IRAE).

Apesar de tais iniciativas, José Mujica acena com a manutenção da ortodoxia na área econômica, um modelo iniciado no governo Tabaré Vázquez, quando o atual vice-presidente, Danilo Astori, era ministro da Economia.

Em meio a pressão sobre José Mujica, Vázquez terá um papel estratégico. Interessado em votar a presidência em 2015, o ex-presidente precisa que a Frente Ampla mantenha-se unida e que o atual governo termine bem avaliado.