O governo federal estuda usar a Petrobras para construir as térmicas da Bertin e com isso garantir o suprimento de mais de 3.000 MW de energia em 2013, informa o Valor Econômico. As tentativas, até agora frustradas, de que empresas privadas comprem as concessões de pelo menos parte das usinas do grupo e o atraso das obras preocupam o governo. A empresa já atrasou oito usinas e precisa construir 15 outras em menos de dois anos. Sem essas térmicas e com o retardamento no cronograma dos linhões do Madeira, o equilíbrio entre oferta e demanda pode ser afetado, se medidas não forem tomadas com urgência. Pelo menos cinco companhias privadas estudaram a compra das térmicas: CPFL Energia, MPX Energia, Alcoa, Equatorial e a alemã EoN. As negociações não avançaram porque as empresas vislumbram uma série de dificuldades, entre elas a colocação da energia no sistema. A localização das usinas vendidas em leilão foi alterada pela Bertin, em busca de ganhos logísticos, mas isso significa alterar as linhas de transmissão.