Contratado em agosto de 2010 para presidir o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), o físico Cylon Gonçalves da Silva começa a destravar a implantação do embrião da indústria nacional de semicondutores. Conhecedor dos meandros da administração pública, o executivo impôs uma nova dinâmica ao trabalho da estatal e adotou uma visão estratégica mais aberta à interação com o mercado. Agora, ele prepara para 2012 a entrada do primeiro chip brasileiro em linha de produção, algo que pelos planos originais deveria ter ocorrido em agosto de 2007. O projeto do Ceitec completa dez anos desde a doação dos primeiros equipamentos pela Motorola. Nesse período recebeu investimentos de R$ 500 milhões, a maior parte do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A instituição havia sido constituída como associação civil sem fins lucrativos e em 2008 foi transformada em estatal vinculada ao MCT para receber um fluxo estável de recursos, mas ainda assim continuou sofrendo com sucessivos atrasos no cronograma.