O risco do Brasil percebido pelos investidores globais nunca foi tão baixo se comparado ao dos Estados Unidos, considerado referência em segurança financeira. Na semana passada, a diferença entre as medidas de risco dos dois países alcançou o menor nível da história: 0,60 ponto porcentual. Ontem à tarde, estava em 0,62 ponto porcentual. Esses números foram extraídos das negociações com um derivativo financeiro amplamente negociado no mercado, chamado CDS (Credit Default Swap, em inglês). Esse papel é um tipo de seguro vendido a investidores que querem se proteger de um eventual calote. Se alguém quer comprar títulos públicos brasileiros e, ao mesmo tempo, se proteger, utiliza o CDS. Ontem, pagava 1,1% ao ano em dólar para este fim. Para se proteger de eventual problema nos EUA, a taxa estava em 0,48% ao ano. O mercado de CDS movimenta trilhões de dólares mundo afora e o do Brasil é um dos mais negociados.