Crise dos tucanos e entrada em cena de Lula antecipam disputa eleitoral em SP
A sucessão na Prefeitura de São Paulo já consome tucanos e petistas, partidos que nas últimas eleições vêm polarizando o debate eleitoral no Estado e no País. A crise interna no PSDB, que tomou contornos mais nítidos com a criação do PSD pelo prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM) e foi agravada pela debandada de seis vereadores da sigla, fez com que fossem explicitadas articulações e jogos políticos das legendas em São Paulo por conta das eleições municipais.
O PSDB tenta negar fragilidade diante do episódio, mas o fato é que a crise começa a expor até mesmo visões divergentes em torno do grupo de apoio do governador Geraldo Alckmin. Enquanto o PSDB tenta minimizar o impacto da disputa pelo comando partidário na capital, os petistas, liderados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deram largada ontem às articulações para a disputa de 2012.
O PT aposta em Lula como seu principal cabo eleitoral e quer evitar suas históricas rupturas internas no processo eleitoral, aproveitando a exposição das divisões no PSDB. O flerte do novo partido do prefeito de São Paulo com a presidente Dilma Rousseff é visto com ressalvas entre os petistas, que querem aguardar os próximos passos de Kassab para definir se ele continua inimigo ou é um aliado.