Organizações rurais afirmaram que o México enfrenta "uma emergência alimentar", apesar do governo declarar que o país não corre esse "risco".

Segundo o dirigente da Central Campesina Independente, Rafael Galindo, em dois meses, o preço das sementes subiu 30% . "Estamos diante de uma emergência na produção de alimentos, que o governo nega", disse.

Os trabalhadores afirmam que, em menos de uma década, as importações de grãos e oleaginosas aumentaram em mais de 50%.

Os camponeses também estimam que, em dois meses, 65% dos 27 milhões de habitantes das áreas rurais irão passar fome.

Segundo dados revelados pela ONG Observatório de Política Social e Direitos Humanos, por meio de análise do Censo de População e Habitação, pelo menos um de cada dez lares mexicano tem dificuldades em obter alimentos "por falta de recursos econômicos".

Os resultados da pesquisa apontam que a porcentagem de desempregados cresceu quase quatro vezes, de 1,24% da população economicamente ativa em 2000 a 4,76% em 2010.

O relatório produzido mostra que o índice do salário mínimo caiu 30% entre 1995 a 2000.

ANSA