O financiamento de estudos com cenários A, B ou C terá peso muito relativo na mudança efetiva da política de preços do gás natural no Brasil. Há uma chance de o setor industrial ter gás competitivo nos próximos anos, mas isso não terá muita relação com a pressão que está sendo feita. Até o fim de 2012 é possível que a Petrobras já tenha uma ideia bem calibrada de qual é o volume de gás que será produzido no pré-sal. Essa informação pode mudar a matriz energética e deflagrar a segunda era do gás no Brasil. A primeira ocorreu quando o gasoduto entre Bolívia e Brasil ficou pronto. A Petrobras tinha uma infraestrutura com capacidade para drenar 30 milhões de metros cúbicos. Precisa ter consumo, e foi quando incentivou com preços baixos a criação do atual mercado no país. Sem sucesso, a Folha tentou ouvir a Petrobras sobre o pleito da indústria.