Os equatorianos vão às urnas no dia 07 de maio para decidir sobre um polêmico pacote de reformas destinadas a modernizar a justiça do país andino, em meio a críticas de setores que temem que as medidas aumentem os poderes do presidente Rafael Correa. A última pesquisa da empresa privada Cedatos Gallup assinala que 61,7% dos 3.750 entrevistados apoiavam o “sim”, enquanto 38,3% disseram que votariam pelo “não”. O restante iria anular seu voto ou deixá-la em branco.
A pesquisa tem uma margem de erro de 5%, foi realizada em 23 das 24 províncias. Sobre as cinco primeiras das 10 perguntas, que estão relacionadas com a transformação do poder judicial, a Cedatos Gallup registrou uma votação entre 51,6% e 66,8% a favor do “sim”, enquanto o “não” tem uma percentagem de entre 33,2% e 48,4%. Entretanto, uma pesquisa realizada pela Opinião Pública do Equador (OBPE), ligado ao governo, apontou em seu último levantamento, em 9 de abril, que entre 64% e 71% dos votos seriam para o “sim”, equanto entre 29% e 36% apoiam o não. Ambas as empresas registraram uma vantagem do “sim” sobre o “não” nas cinco perguntas relacionadas a questões de regulação do sistema financeiro, mídia, proibição de jogos de azar e a morte de animais em espetáculos públicos, assim como a tipificação de delito à não filiação de trabalhadores para a seguridade social. A primeira parte do referendo exigirá alterações constitucionais, enquanto a segunda apenas reformas legais.