Desativado há dois anos, após engavetar todas as denúncias relacionadas ao escândalo dos atos secretos – das quais dez envolviam diretamente o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP) -, o Conselho de ética do Senado ressuscitou ontem composto por senadores que já têm passagem pelo órgão. Não como julgadores, mas como investigado e denunciados. Além de indicar seu próprio nome como titular, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), escolheu os senadores João Alberto (PMDB-MA) e Gim Argello (PTB-DF) como, respectivamente, presidente e vice-presidente do órgão. Nas três vezes em que ocupou o cargo, João Alberto engavetou todos os processos abertos no conselho. (O Estado de S. Paulo)